segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Dia da Consciência Negra celebra Zumbi


Dia da Consciência Negra celebra Zumbi
e marca reflexões sobre a igualdade entre brancos e negros.

O dia 20 de novembro registra a data da Morte de Zumbi do Palmares, um dos mais destacados símbolos de enfrentamento e resistência à escravidão praticada no Brasil. Superada a escravatura, Zumbi permanece como ícone da liberdade e da luta pela igualdade étnica.
Por meio de lei federal, desde o ano de 2003 vem sendo comemorado o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro. Atualmente, 262 cidades em todo o território nacional adotaram leis municipais determinando feriado local, nessa data.
No Brasil, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2006), o número de pessoas que se dizem pretos passou de 6,3 para 6,9%, entre os anos de 2005 e 2006. Entre os que se declararam pardos, o índice passou de 43,2% para 43,2%. A população que se declarou negra atingiu 49,7%, contra 49,9% registrada no estudo anterior.
Zumbi era neto da princesa Aqualtune, filha de prestigiado rei do Congo. Foi aprisionado ainda bebê e entregue a um padre, em Porto Calvo , onde recebeu o nome de Francisco e educação formal. Fugiu de volta a Palmares com quinze anos, adotando o nome de Zumbi e adotado pelo rei Gamba Zumba.
A comunidade de Palmares, localizada nos atuais estados de Alagoas e Pernambuco, começou a se formar perto do ano de 1597, e foi rapidamente habitada por negros fugidos da escravidão, índios e brancos pobres, atingindo mais ou menos 30 mil moradores.
Devido a sua rápida expansão e sua organização (agricultura desenvolvida, atividade metalúrgica, comércio, etc.), Palmares passou a ser vista como uma ameaça ao poder colonial e aos interesses escravagistas.
Durante 120 anos, os quilombolas de Palmares resistiram a 66 expedições coloniais, constituindo numa das experiências de enfrentamento da escravidão mais importantes do mundo.
Zumbi rompeu com o líder Ganga Zumba, após este ter assinado um acordo de paz com a coroa portuguesa, em 1678, que não resolveria a questão da escravidão e poderia colocar os quilombolas sob o controle.
Depois de comandar o seu povo por alguns anos, Zumbi tombou morto em 20 de novembro de 1694. Traído por um de seus principais comandantes, o herói negro foi vencido pela expedição chefiada por Domingos Jorge Velho.
Zumbi teve a cabeça decepada e exposta em local público até a completa decomposição. O Quilombo de Palmares resistiu ainda por cerca de três décadas.

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Jornal Cidade Tiradentes

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Alguém neste país ainda limpa a bunda com jornal?